Nagisa Oshima foi um dos nomes-chave da “nova vaga” japonesa conhecida como nuberu bagu, iniciada em finais dos anos 1950 por uma geração de jovens realizadores que trabalhava dentro do sistema de estúdios nipónico, da qual faziam igualmente parte Shohei Imamura, Kaneto Shindo, Masahiro Shinoda ou Seijun Suzuki. A carreira dos velhos mestres acabava, o cinema era cada vez mais ameaçado pela televisão, um novo público chegava às salas e os velhos estúdios não tinham como não acolher a "revolução" – tal como aconteceria na América à "nova Hollywood".
Night and Fog in Japan | |
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Directed by | Nagisa Oshima |
Produced by | Tomio Ikeda |
Written by | Nagisa Oshima Toshiro Ishido |
Starring | Fumio Watanabe Miyuki Kuwano Takao Yoshizawa |
Music by | Riichiro Manabe |
Cinematography | Takashi Kawamata |
Edited by | Keiichi Uraoka |
Production
company | |
Release dates
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Running time
| 107 minutes |
Country | Japan |
Language | Japanese |
Experimentalista formal incansável e iconoclasta assumido que disse em tempos odiar tudo no cinema japonês, Oshima abandonou os estúdios Shochiku onde iniciara carreira na sequência da controvérsia levantada porNihon no Yoru to Kiri (Noite e Nevoeiro no Japão, 1960). Esta sátira da política japonesa foi retirada de exibição pela companhia, preocupada que o filme tivesse incentivado o assassínio de um político por um membro da extrema-direita. Oshima estabeleceu-se então independentemente e partiu para uma carreira marcada pelas reviravoltas estilísticas. Para Ninja Bugei-cho (Bando de Ninjas, 1967) sonorizou quadradinhos de um popular mangade época; Shinjuku Dorobo Nikki (Diário de um Ladrão de Shinjuku, 1969) construía-se como uma colagem godardiana de ficção, improvisação, documentário e found-footage.
Foram os últimos filmes de Oshima – as obras realizadas a partir de Cerimónia Solene (1971) – a valer-lhe a sua aclamação internacional: a co-produção britânica Feliz Natal, Mr. Lawrence (1983), com David Bowie, e o controverso díptico formado por O Império dos Sentidos (1976) e O Império da Paixão (1978, Melhor Realizador em Cannes). O seu último filme, Tabu, foi realizado em 1999, numa altura em que Oshima se encontrava já debilitado; dois AVC sofridos posteriormente impediram-no de voltar a filmar.
O escândalo em Portugal
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